Primeira Lei de Gaiman… O que tem numa BOA História?!

Segundo o Escritor inglês Neil Gaiman toda história deve possuir três coisas para ser considera BOA: Começo, Meio e Fim.

Parece obvio isso, mas não vem a ser 100% do que as mídias cinematográficas, literárias e rpgisticas nos trazem; quantas vezes você Mestre que está lendo isso (ou você escritor amador) já não deixaram uma história se encerrar sem ao menos receber o direito a um fim completo? E se essa história que você não deseja mais terminar fosse talvez a melhor história uma vez já contada? E porque, apesar de óbvio, esquecemos das três coisas fundamentais da história (começo, meio e fim)?

Muitas vezes uma ótima série ou a sua Campanha de RPG (ou quem sabe o seu Conto) poderão precisar de uma “mãozinha” para que você volte a entender o porquê de você ter começado a contar a sua história. Essa mãozinha pode ser um pequeno esforço extra por parte de você mesmo, que vem de pode chamar de seu “Eu” interior. Então, amigos e amigas lhes sirvo pontos para se analisar ao encerrar e começar uma história (e a fazê-la gerar um meio intrigante)…

OBSERVAÇÂO: Segue-se então uma série de três postagens falando sobre como desenvolver o começo, o meio e o fim de sua narrativa.

Primeiro Comece pelo Começo… Preocupe-se com o resto depois, boy!

Tudo bem, talvez você deseje usar o velho truque Dan Brow e começar com um prelúdio narrando um assassinato. Depois é que os indefesos personagens irão descobrir como e por que o assassinato ocorreu ao longo das sucessivas histórias.

Esse jeito de narrar mostra o quão você tem a capacidade de apresentar uma cena que chame a atenção dos leitores ou players e de fazê-los se envolverem com a atmosfera deste crime (ou desta cena), mas, para isso, é preciso uma boa doze de técnica para que o contador não se perca e não consiga futuramente amarrar os ganchos para que essa cena venha a acontecer. E exatamente por isso que um caderno de anotações ao lado é sempre fundamental para um Narrador.

Muitas histórias se iniciam assim: nós somos apresentados a uma ocasião (geralmente apresentada e um capitulo chamado Prólogo). Dai, segue uma história, até então, diferente daquela cena inicial (apresentando, talvez, o cotidiano dos personagens proncipais), porém, volto a repetir, esse tipo de começo pode ser muito envolvente, mas requer uma quantidade extra de anotações por parte do contador desta história.

A dica é ter de antemão quando, pode e o por que aquela cena narrada de começo irá ocorrer e anotar tudo isso. Para desenvolver seu meio de chegar aquele ponto da história.

O Segundo inicio comum para histórias de muita aventura é inserir os personagens numa jornada, apresentando todos os poderes que eles já conquistaram e deixar para depois, ao longo das aventuras, algumas seções ou arcos da história apresentando como ele aprendeu seus poderes. E se você, jogador de RPG, fez a sua lição de casa, bem sabe que irá contar onde aprendera suas habilidades iniciais, no Background!

Pode-se também iniciar sua história do modo simples e sem pretensão. Apesar de não ser tão envolvente quanto narrar um prólogo envolvendo a morte do curador do museu do Louvre esse tipo de começo será um meio de ir iniciando o seu publico na sua história pouco a pouco. Um inicio simples é, de fato, o melhor método de iniciar uma aventura para nós iniciantes.

Pense em algo pequeno, como, uma vila atacada por Goblins, uma cidade alvo de uma Gangue de rua… Envolva os personagens principais de alguma forma: eles podem morar na vila atacada pelos Goblins, e talvez resolvessem caçá-los, talvez porque as terríveis criaturas lhes roubaram algo importante. Esse começo, apesar de clichê, irá envolver os jogadores em um pequeno sentido de vingança que não os fará pensar muito, apenas seguir algumas pistas, para, ao final do  dia encontrarem o covil de seus assaltantes e recuperarem o item perdido.

Agora, vem o gancho que prende os personagens a uma nova história. Após o termino dessa pequena simples aventura você coloca um gacho que irá proporcionar-lhe uma segunda história envolvendo o mesmo grupo de heróis… E se eles descobrissem que o item que eles tinham perdido para os Goblins agora pertence a um capitão Orc tomou a força das criaturinhas verdes? Ou talvez eles podem descobrir que esse roubo fora ordenado pelo feiticeiro da velha cabana no pântano? E se aquela gangue de rua que ataca a Cidade dos personagens, na verdade, fizer parte de uma sociedade secreta que agora está na cola dos heróis por terem se metido em seu caminho?! Bem… Parece que temos uma história linear se iniciando…

História Linear… bem acho que isso é assunto para uma outra História…

Publicado Originalmente em: http://www.cursodequadrinhos.com.br/coluna/primeira-lei-de-gaiman-o-que-tem-uma-boa-historia/